Desde pequena esperava o Papai Noel.
Perdeu a conta de quantas cartinhas escreveu para ele.
Nenhuma respostas...
Outro natal vinha chegando.
Escreveria de novo?
A última, resolvi.
Com letras miúdas preencheu a folha em branco.
O texto já sabia de cor.
O pedido era sempre o mesmo.
Envelopou e caminhou rápido até a caixapostal mais próxima.
Carregava a esperança...
do desejo concretizado.
Distraída tropeçou na calçada.
E caiu nos braços de um homem gordinho de barbas brancas.
Pediu desculpa...
ele lhe ofereceu uma bebida.
O papo rolou dobar até a sua cama.
No dia seguinte quandoacordou, ele já tinha partido.
Em cima do travesseiro ao seu lado pousava sua cartinha.
Finalmente Papai Noel havia realizado seu desejo!!!!
Fim...
Hoje quero falar de amor.
Quero falar do meu amor, Quero esquecer de mim e viver só de você.
Quero colocar o teu amor como um selo sobre o meu coração.
Das lágrimas que derramei, dos sonhos que não realizei.
Você... Foi o encontro entre o meu maior desejo E a minha maior realização.
Vieste até mim tal como um passarinho... E fizeste teu ninho em meu coração.
Quero que me vejas em cada sonho teu, Quero ser o ar que respiras, Quero ser sua fantasia e sua realidade, Quero poder te dar um mundo de felicidade.
Somos um misto de poesia e canção, Tu és meu sonho, meu sorriso, Meu ponto de chegada e partida.
Tu és Meu Amor, Minha Vida.
Fim...
A gente reclama muito da dependência, mas como é maravilhosa a dependência, confiar no outro, confiar no outro a ponto de não somente repartir a memória, mas repartir as fantasias. Confiar no outro a ponto de esquecer quem se foi assim que o outro esteja junto, é talvez chegar em casa e contar seu dia e só sentir que teve um dia quando a gente conta como foi. É como se o ouvido da outra pessoa fosse nossos olhos. Amar é uma confissão. Amar é justamente quando um sussurro funciona melhor que um grito. Amar é não ter vergonha de nossas dúvidas, é falar uma bobagem e ainda se sentir importante. É lavar louça e nunca estar sozinho. É arrumar a cama e nunca estar sozinho. É aquela vontade danada de andar de mãos dadas durante o dia e de pés dados durante a noite.
Nos conhecemos quando eu tinha apenas 14 anos e ele 15. Não posso dizer que foi amor a primeira vista, mas eu sei que algo de especial aconteceu no momento em que o vi pela primeira vez. Ele não era uma pessoa de muitos amigos e as minhas amigas não gostavam muito dele para dizer a verdade, mas eu me apaixonei por aquele menino teimoso e briguento que eu achava tão lindo.
Foi difícil conquistá-lo, pois logo depois que nos conhecemos ele começou a namorar uma outra garota e eu tinha que ver os dois juntos e fingir uma felicidade que eu estava longe de sentir para que ele não percebesse os meus sentimentos e se afastasse de mim.
Logo, o namoro não deu certo e eu tive a chance de amar e de me deixar amar pelo homem que eu queria para mim.
Não se pode colocar em palavras a alegria que me invadiu quando ele finalmente me pediu em namoro. Éramos jovens e despreocupados, vivendo toda a magia e sedução do primeiro amor. Ele era romântico, carinhoso, desses que trazem flores, ou sempre surpreende com um carinho ou um beijo roubado.
Porém esta felicidade que partilhávamos se viu ameaçada quando a minha família se declarou contra o nosso namoro. Não me deixei intimidar, eu queria a ele somente, e quanto mais sofríamos represarias mais nos uníamos, mais o nosso amor se fortalecia.
Às vezes eu percebia que meus pais estavam tristes comigo e ficava triste também, mas eu o amava, como poderia deixá-lo?
Às vezes brigávamos e nos separávamos por um tempo, mas não conseguíamos ficar muito tempo longe um do outro, e com toda esta dificuldade os anos foram se passando.
Depois de três anos que havíamos nos conhecido, num dia 12 de junho, dia dos namorados, nós participamos de um sarau e representamos uma peça contando a nossa historia, que com todas as dificuldades nós continuávamos juntos e no final ele declamou comigo o Soneto de fidelidade de Vinícius de Moraes e disse que me amava...Ali naquele palco com centenas de pessoas nos assistindo...Eu chorei ao olhar p ele e dizer que também o amava muito. Foi o dia mais feliz e marcante que me recordo, mas toda esta felicidade estava chegando ao fim.
Um dia discutindo como um casal qualquer, nem me lembro do motivo, ele me confessou que já havia me traído.
O meu mundo desabou e toda a minha luta p ficarmos juntos de repente não tinha mais sentido para mim. Tudo o que eu vivera com ele parecia de repente uma grande mentira. Eu ainda tentei perdoar e continuar com o nosso namoro, mas a única coisa que fiz foi adiar o inevitável...O fim.
Eu perdi bruscamente não só o Homem que eu amava, mas meu único amigo de verdade, a pessoa que eu mais confiava, por quem eu lutei para ter o direito de amar. Quase não agüentei a tristeza...E para completar, depois de cinco meses ele foi estudar em outro país e eu nem tive a chance de olhar em seus olhos mais uma vez e dizer que eu sempre o amaria.
Faz três anos que ele foi embora. Eu continuei a minha vida como pude. Juntei os pedaços do meu coração e formei novos sonhos pra mim.
Sei que preciso deixar o que aconteceu no passado, mas não posso ficar sem noticias dele e por isso ainda mantemos contato. Ainda hoje o meu coração chama por ele, mas eu sei que nada mais é possível entre nós...Sei que este amor precisa morrer, mas eu não tenho forças para matá-lo...As lembranças são o meu maior tesouro deste que hoje é apenas... Um amor para recordar!
avida do homem divide-se em cinco períodos: infância, adolescência, mocidade, virilidade e velhice. No primeiro período o homem ama a mulher como mãe; no segundo, como irmã; no terceiro, como amante; no quarto, como esposa; no quinto, como filha.